Ativista com síndrome de Down se forma em Educação Física e inspira inclusão em Goiás
João Vitor de Paiva Bittencourt, de 24 anos, é influenciador digital, ativista premiado e o primeiro aluno com Down da PUC-GO. Ele sonha em ser personal trainer para promover saúde e inclusão.
O influenciador digital e ativista premiado João Vitor de Paiva Bittencourt, de 24 anos, celebrou nesta quinta-feira (28) a conquista de um grande sonho: a formatura em Educação Física pela PUC-GO. Reconhecido como o primeiro aluno com síndrome de Down da instituição, João Vitor destacou que o diploma é uma vitória pessoal e um símbolo de inclusão.
“Estou muito feliz de me formar em Educação Física, era um sonho que eu queria realizar. Eu gosto muito de esporte e quero mostrar para as pessoas que sou uma pessoa comum, que tenho Down, mas faço tudo”, afirmou.
Durante a trajetória acadêmica, ele contou que superou desafios e concretizou vários objetivos. Agora, sonha em se tornar personal trainer para ajudar famílias a cuidarem da saúde e servir como inspiração para outras pessoas com deficiência.
“Eu realizei muitos sonhos, mas ainda tenho outros. Quero mostrar para os pais que os filhos deles podem ser o que quiserem”, disse o jovem.
Apoio familiar decisivo
Na colação de grau, os pais de João Vitor, João Bosco Bittencourt e Márcia Regina de Paiva, acompanharam emocionados da primeira fila.
O pai recordou que especialistas chegaram a dizer que o filho havia atingido “o teto” no ensino fundamental. Mas João Vitor quis continuar os estudos, fez o ensino médio, passou no vestibular e surpreendeu a todos. “Ele ficou entre jornalismo e Educação Física no teste vocacional, passou em quatro vestibulares e escolheu a PUC”, contou João Bosco.
Já a mãe, Márcia Regina, defensora da inclusão, ressaltou que a conquista do filho deve servir como exemplo para outras famílias:
“Minha grande preocupação é que outras crianças tenham as mesmas oportunidades. Desde o diagnóstico, prometi ao João que ele seria o que quisesse. E nunca duvidamos da capacidade dele”.
Para Márcia, o apoio emocional incondicional foi fundamental para que João Vitor superasse barreiras, preconceitos e momentos difíceis. “Acreditar na capacidade da criança dá a ela coragem para enfrentar os desafios”, reforçou.



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